sábado, 13 de março de 2010

BOLÃO MEGA SENA X RESPONSABILIDADE DA CAIXA ECONOMICA FEDERAL

BOLÃO MEGA SENA X RESPONSABILIDADE DA CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Cid Capobiango S de Moura[i]



Até a presente data não está definida de quem é a responsabilidade pelo pagamento do concurso 1.155 da Mega Sena. Foi amplamente divulgado na imprensa nacional que a casa lotérica Esquina da Sorte, de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul havia realizado um bolão entre apostadores e que por o jogo não ter sido devidamente registrado não foi possível o pagamento do prêmio.

Os apostadores do bolão acertaram as seis dezenas do concurso. O prêmio de R$ 53,3 milhões seria dividido em R$ 1,3 milhão para cada.

A Caixa Econômica Federal se apressou em se eximir de toda responsabilidade pelo pagamento do premio, afirmando que é proibida a prática de bolões nas casas lotéricas de todo o País e citando a circular 471/09, que determina que "a permissionária obriga-se a não vender, intermediar, distribuir e divulgar qualquer outra modalidade de sorteio ou loteria, ou quaisquer jogos de azar, ainda que legalmente permitidos, salvo com autorização por escrito da Caixa".
Pois bem o Código de Defesa do Consumidor, lei 8.078 de 1990, define em seu artigo 34 que: “Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos.” (CDC, 1990)

O nosso Direito abraçou sem ressalvas a teoria da aparência, hoje abraçada também pelo Código do Consumidor.
Não restam dúvidas de que as Casas Lotéricas são representantes da Caixa Econômica Federal. Quando uma pessoa se dirige a uma casa lotérica, ali enxerga a figura da Caixa e não do proprietário daquele estabelecimento. Aliás, esta é a garantia de que no caso de acerto, o prêmio será pago.

A representação é a atuação de alguém no interesse de outro com o objetivo de tornar válido este ato, seria como se o ato estivesse sendo praticado por esta outra pessoa e na pessoa de quem vão recair os seus efeitos.
Contudo, esta representação pode ser também aparente, isto é propensa a induzir alguém de boa fé a imaginar que está celebrando o negócio e acreditando estar convencionando com a pessoa correta.
Quando todos pensam e tudo permite pensar que a situação aparente é a manifestação anterior da situação jurídica, não se pode desconhecer a situação criada nesta base, nem atingir a segurança dos negócios e a livre circulação de bens
No caso do bolão da Mega Sena deve ser aplicada a teoria da representação aparente, pois, se alguém imaginar que está negociando com um representante legal da Caixa Econômica Federal que é como se apresentam as Casas Lotéricas, deve ser beneficiado com a teoria da aparência, a fim de que se tenha como válido o negócio realizado.



BIBLIOGRAFIA.

RIZZARDO, Arnaldo. Teoria da aparência. In: Revista da Ajuris, n. 24. Porto Alegre: Ajuris, mar/1982. p. 222-231.
SOUZA, Gelson Amaro de. Teoria da aparência e a fraude à execução. In: Revista Jurídica, n. 285. Porto Alegre: Notadez, jul/2001. p. 61-68.



--------------------------------------------------------------------------------

[i] Advogado, Professor de Direito do Consumidor da Faculdade de Para de Minas – FAPAM.

sábado, 6 de março de 2010

Por Jerry Alves

sexta-feira, 5 de março de 2010
Mega Sena - "Ganhou, mas não levou!"

Frases soltas para refletirmos sobre a permissividade das coisas no Brasil:


A Caixa permitiu que se fizessem bolões em todo Brasil. Se isso não é garantido, nem oficial, deveria ter um aviso na porta da lotérica...

Legalmente a Caixa pode até ter razão em não pagar, mas permitir bolão em todas as lotéricas e depois dizer que não vale, é um despautério!

O caso da MegaSena que ninguém levou é mais uma prova da distância entre a legalidade e a moralidade das decisões...

E ainda abrem a possibilidade da lotérica aceitar pagamento de contas e outros serviços. Quem responde por eventuais desvios?

O mínimo que a Caixa deveria fazer é ter um seguro contra fraudes de seus representantes autorizados. Do contrário, como confiar?

A lotérica é distribuidora autorizada com logo oficial na porta! Se não aceitasse bolão, deveria proibir sua venda. Adeus credibilidade...

É inacreditável que a Caixa não assuma a responsabilidade pelo premio da MegaSena e afirme que não tem nada com isso!
Postado por Jerry Alves

quinta-feira, 4 de março de 2010

Erro Humano ? Ou pura falcatrua?

Como uma pessoa pode alegar erro humano , descuido , esquecimento e muitas outras desculpas , as meninas do caixa da lotérica da esquina da sorte já ofereciam o bolão na quinta feira , então no final do expediente de quinta , de sexta e de sábado , não fizeram o caixa? E se fizeram , não sobrou dinheiro ? Tiveram no minimo tres chances de corrigir o tal erro humano , esta lótérica fechava sabado ao meio dia , e as apostas encerram as 19 horas horário de Brasilia , tinham o sabado a tarde inteira para descobrir porque estava sobrando dinheiro no caixa . Todo o caixa tem que fechar , se não fechar verificar onde está o erro . O erro foi correr para baixo das cameras fazer uma encenação , este foi o erro.

quarta-feira, 3 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

Jornal NH dia 02/03/2010



Clique na imagem para ampliar

segunda-feira, 1 de março de 2010

Jornal NH dia 1° de Março de 2010.



Clique na foto para ampliar.

Jornal Zero Hora domingo 28/02/2010

Por caminhos tortuosos, sorte e azar se encontraram em uma esquina no coração de Novo Hamburgo na noite de 20 de fevereiro.

Na lotérica entre as vias Júlio de Castilhos e Bento Gonçalves, os sonhos de 38 apostadores pareceram virar realidade e desmoronaram quase que simultaneamente. Para alguns, a certeza de que haviam virado milionários durou até a segunda-feira. Para outros, a desconfiança de que tinha algo errado com a aposta feita em um bolão promovido pela Lotérica Esquina da Sorte surgiu ainda durante o final de semana.

Do paradoxo entre acertar as seis dezenas e perder o prêmio porque a aposta não foi validada por uma funcionária da empresa, brotou um escândalo coletivo que sacudiu a cidade de 257,7 mil habitantes do Vale do Sinos e entrou para a história da Capital Nacional do Calçado. Profissionais liberais, comerciantes, comerciários, operários de fábricas, desempregados e aposentados seriam os mais novos milionários do Brasil. Sem vencedores havia um mês e acumulada por nove extrações consecutivas, a Mega Sena pagaria R$ 53.368.610,37 no concurso 1.155, uma das maiores fortunas da história das loterias no país.

Cada apostador colocaria no bolso R$ 1,3 milhão por ter comprado por R$ 11 uma das 40 partes do bolão. Desde domingo passado, a breve euforia deu lugar a sofrimento, frustração, vergonha e raiva. ZH foi atrás dos participantes do bolão da discórdia e localizou 38 apostadores que passaram os últimos dias atônitos, peregrinando entre a lotérica, uma agência da Caixa, a 2ª DP e escritórios de advogados em busca de explicações e de ressarcimento. Alguns deles pediram o anonimato. Outros evitaram mostrar o rosto. Mas todos, apesar de iludidos pela sorte, apostam agora na Justiça.



JOSÉ LUÍS COSTA E LETÍCIA BARBIERIMultimídiaOs personagens......do bolão da discórdiaanteriorlista | imprimir | enviar | letra A - | A +próxima

A desmoralização do bolão!

A desmoralização do bolão!

Tutty Vasques - Fonte O Estado de S.Paulo

Quando a gente pensa que não há mais conto do vigário que se possa ainda inventar no País, o "erro lamentável" da lotérica de Novo Hamburgo foi um golpe e tanto na boa-fé do apostador. Pode até não ter abalado a devoção do brasileiro à Mega- Sena acumulada, mas atingiu em cheio a credibilidade de uma instituição nacional em ano de Copa do Mundo: o bolão, definitivamente, subiu no telhado.

Nem todo bolão é igual - a brincadeira será bem diferente quando a bola rolar na África do Sul -, mas não há como restabelecer até o meio do ano a confiança no sistema de banca informal, preceito básico nesse tipo de jogo cotizado entre os próprios apostadores. Todo mundo vai pensar duas vezes antes de meter a mão no saco de um colega de trabalho em busca de um número de camisa da seleção para torcer que seu dono em campo seja o autor do primeiro gol do Brasil na Copa. "E se o cara sumir de véspera com a grana?"

Tão grave quanto o trapaceiro em carne e osso, o fantasma do conto do vigário não se esvai com a comprovação de erro humano da funcionária gaúcha da Esquina da Sorte. O Brasil inteiro viveu essa semana assombrado pelo drama dos 40 apostadores que dormiram milionários e ainda não acordaram desse pesadelo. Ninguém vai parar de jogar por causa disso, mas a graça de participar de um bolão nunca mais será a mesma depois daquilo tudo em Novo Hamburgo.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Jornal do Almoço - 3º bloco de 23/2/2010

Apostadores injustiçados têm direito de receber prêmio em Novo Hamburgo (RS)


Fonte R7 TV Record

Reportagem do Fantástico dia 28/02/2010

Escândalo da Mega Sena , vamos confiar em quem?

Lotéricas do Centro de São Paulo vendem bolões proibidos,só agora pela Caixa Econômica

Caixa diz ,Lotéricas não tinham autorização para fazer bolão, e quem sabia disto ?

RS: Polícia Civil investiga caso de suposto bilhete premiado em Novo Hamburgo

Polícia vai ouvir envolvidos no caso do bolão premiado que não foi registrado

Grupo que acreditava ter ganhado na Mega-Sena quer processar os donos da lotérica

Apostadores ganham falso prêmio em agência lotérica no RS

Imagem mostra momento que funcionária da lotérica de Novo Hamburgo descobre que não registrou aposta

Apostadores injustiçados têm direito de receber prêmio em Novo Hamburgo (RS)


Fonte R7 TV Record